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sexta-feira, 6 de junho de 2014

POR: ANA MARGARIDA ROSEMBERG - A ROSA DE OURO DO MUSEU CLUNY


Dra. Ana Margarida - Mėdica e Membro da Sobrames-CE

Foto da Rosa de Ouro do Museu Cluny

Foto (detalhe) da Rosa de Ouro do Museu Cluny

Rosa de Ouro do Museu Cluny

A Rosa de Ouro do Museu Cluny



A "Rosa de Ouro", uma obra de arte em ouro maciço, é ofertada pela Igreja Católica Apostólica Romana, como símbolo de reverência e estima, a personalidades, igrejas, governos e governantes que tenham demonstrado lealdade para com a Santa Sé. 

A flor dourada brilhante simboliza a majestade de Cristo, uma alusão aos profetas que diziam ser o Messias “a flor do campo e o lírio dos vales”. Seu perfume, segundo o Papa Leão XIII, mostra o odor de Cristo. Os espinhos relembram a sua paixão. 

A "Rosa de Ouro" surgiu na Idade Média, em data não precisa.

Uma referência à mesma encontra-se na Bula do Papa Leão IX, de 1049, que isentou o convento de Santa Cruz de Woffenhein, na Alsacia, com a condição da abadessa enviar todos os anos uma Rosa de Ouro à Santa Sé. 


A "Rosa de Ouro" mais antiga ofertada pelo papa, que se conhece, foi a de Urbano II para o Fulque IV de Anjou, em 1906.

No Museu da Idade Média de Paris, Musée Cluny, podemos apreciar o exemplar mais antigo que ainda subsiste. 

Encomendada pelo Papa João XXII a Minúquio de Sena, na cidade de Avignon, durante o período em que a referida cidade foi sede do papado (1309 a 1411), a mesma foi ofertada à Rodolfo III de Nidau, em 1330. 
A maior parte das Rosas de Ouro antigas foram fundidas com fins monetários. Os poucos exemplares que subsistem podem ser vistos na Catedral de Benevento, na Basílica de São João de Latão, no Museu Sacro da Biblioteca do Vaticano, no Palácio da Comuna de Sena, no Palácio Imperial de Hofburg, em Viana. Porém, como já citei, o exemplar mais antigo está no Museu Cluny, em Paris.
O Brasil alberga três "Rosas de Ouro". A primeira foi ofertada pelo Papa Leão XIII à princesa Isabel pela abolição dos escravos e encontra-se no Museu de Arte Sacra do Rio de Janeiro.
A segunda foi ofertada pelo Papa Paulo VI, em 1967, por ocasião das comemorações dos 250 anos da descoberta da imagem de Nossa Senhora Aparecida, pelos pescadores, no rio Paraibuna.
A terceira foi ofertada, em 12 de maio de 2007, pelo papa Bento XVI ao Santuário Nacional de Aparecida, durante a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe. As duas últimas estão expostas no Museu da Basílica de Aparecida, em São Paulo. 


Ana Margarida Rosemberg

Paris, 3 de junho de 2014.

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