Total de visualizações de página

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

POR: ANTERO COELHO NETO - DR. GALBA ARAÚJO - UM LEGADO

Dr. Antero Coelho Neto - Médico e Membro da Sobrames-CE
 
Dr. Galba Araújo - um legado
 
Publicado no jornal "O POVO" fevereiro de 2015

De 5 a 7 de março será realizado, em Fortaleza, o importante evento “Congresso Sobre Trabalho de Parto e Seus Desafios Clínicos”. Nele será prestada homenagem ao nosso inesquecível médico obstetra, Galba Araújo (José Galba de Araújo, nascido em Sobral, 1917) através de palestras por seus ex -auxiliares e amigos, Antero Coelho Neto, Silvia Bonfim Hipólito e José Málbio Rolim ; por seus filhos médicos Beatrice Madrazo e Galba Araújo Filho e um banner por sua filha Terry Kay Araújo, com ilustrações de seus momentos de valorização.

Galba tem vasto currículo, onde se destacam graduação na Bahia com residência e pós-graduação nos EUA, e títulos de desenvolvimento técnico e científico, mas, muito mais do que isso, para todos nós, o seu grande espírito de médico, onde a obstetrícia humanizada se destacava.

Para ele, o parto era ato de “amor-maior” que envolvia a família, a parteira ou o parteiro e o ambiente. Em 1975, como diretor da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), verificou que grande número de parturientes do interior do Estado procurava a maternidade acompanhadas por parteiras empíricas ou tradicionais. Criou então o Programa Comunitário de Saúde Familiar, com o treinamento das parteiras, para o parto normal domiciliar e a identificação das gestantes de alto risco, através de trabalhoso e difícil mecanismo de convencimento ao público, aos políticos, autoridades e, principalmente, à classe médica. Começou a agir e a tentar convencer a muitos de suas verdades, seus princípios e intenções. Guaiuba e Lagoa-Redonda ficaram famosas pelos êxitos alcançados no início de suas atividades.

O sucesso do programa tornou-se reconhecido e autoridades de diferentes comunidades carentes passaram a procurar o dr.Galba. Desejavam participar do programa e, ao longo de algum tempo, dezenas de pequenas maternidades e casas-de-parto surgiram em consórcio com as comunidades e prefeituras. Centenas de parteiras foram treinadas e capacitadas para o atendimento ao parto normal.

Em 1980, verificando a necessidade de ações médicas complementares, o ajudamos na criação do Paps (Programa de Atenção Primária de Saúde), e conseguimos o financiamento da Fundação Kellogg podendo, então, estender as atividades para outras áreas de maneira lenta, eficiente e constante. O programa passou a ser denominado Proais (Programa de Ações Integradas de Saúde) tendo se desenvolvido com projeção internacional até 1985, quando Galba faleceu.

Sua visão era maior do que a de uma obstetrícia humanizada mas, a de toda uma medicina humanizada. A realização desse congresso internacional, depois de tantos anos, reafirma a importância da humanização da obstetrícia, tão bem aplicada pela Meac. E, neste momento, quando o Ministério da Saúde aprova o indicado pela OMS sobre parto normal, torna-se necessário, pelo seu aspecto humano e técnico, destacar o legado de Galba Araújo.

Antero Coelho Neto

acoelho@secrel.com.br

Médico e professor

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

POR: ISAAC FURTADO - A HISTÓRIA DA BELEZA

                                                     
                                                      REUNIÃO DA SOBRAMES-CE 09/02/2015

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

POR: PEDRO NOVAES DE ALMEIDA - SOCIEDADE SEM VALORES



 
  Pedro Israel Novaes de Almeida engenheiro agrônomo e advogado, aposentado.
                                                                       
                                                 SOCIEDADE SEM VALORES

            Integramos o seleto grupo de pessoas que acabaram por conviver amigavelmente com tecnologias e conceitos dos novos tempos, apesar das discordâncias e desconhecimentos de sempre.
            Na área tecnológica, sabemos acionar com desenvoltura o comando On – Off, além de regular o som dos equipamentos. Só.
            É incômodo e infrutífero tentar entender como um minúsculo equipamento, menor que um dedinho, pode armazenar tantas informações, e transferi-las a outra engenhoca, mediante uma simples acoplagem.
            A ciência evoluiu com demasiada rapidez, e restou, à maioria das pessoas, a sina de utilizar e conviver, sem nada entender. Alguns, por pobreza ou inconformismo, conseguem conviver sem utilizar.
            Já comemoramos a utilização da fotografia, mágica que transfere com fidelidade a imagem a um papel, e saudamos, como mágica maior, o advento do xerox, inclusive colorido. Agora, qualquer imagem é transferida, com fidelidade, a pessoas que se encontram a continentes de distância, com um simples clicar de celular ou computador. 
            Na área médica, descobrimos que integramos uma geração potencialmente fadada ao extermínio. Utilizávamos, sempre, tênis de solado reto, e ficávamos horas e horas ao sol sem qualquer protetor.
            Sabemos que é um direito de todos a busca da felicidade, modificando algumas características físicas que deprimem a autoimagem. Assim, um nariz que impossibilita o simples tomar de um cafezinho, na xícara, pode e deve ser corrigido, pois é incômodo operar tão trivial operação com o auxílio de um canudinho.
            O que não entendemos é o contexto psicológico de pessoas que colocam 5 quilos de silicone no traseiro e 4 quilos em cada mama, e acabam virando celebridades, nos programas de TV. Também é difícil aceitar a tese de que piercings, no olho, língua ou nariz, nada incomodam.
            Nas relações sociais, passamos a cultuar o coitadismo e a sobrevalorização do contexto individual, ainda que em prejuízo de muitos. Um só aluno, “dimenor”, pode atrapalhar o aprendizado de centenas de colegas, e arrasar o ambiente escolar, mas só será reprimido após uma longa e morosa análise de seu ambiente familiar e realidade social. A solução, via de regra, só é encontrada em meio à continuidade do nefasto comportamento.
            A sociedade ainda não conseguiu encontrar soluções práticas para menores, não contidos pelos pais, que perderam o medo da polícia, o temor a Deus e o respeito aos direitos alheios. Ao invés de isolá-los do convívio social, até que assumam novos comportamentos, optamos por ordenar, à sociedade, o paciente e tolerante convívio.
            É difícil entender e assimilar o contexto de leis meramente figurativas, raramente cumpridas, e o crescente hábito do não exercício da autoridade, que cada vez mais alterna abuso e omissão.
            A sociedade, que caminha a passos largos para a tecnificação, engatinha no contexto das relações humanas, e são poucas as instituições que inspiram respeito e credibilidade.  Dependemos, cada vez mais, do heroísmo de iniciativas e posturas individuais, e acabamos por endeusar pessoas que nada mais fazem que cumprir seus deveres, de funcionário ou cidadão.
            A sociedade parece marginalizar qualquer conceito ou tradição, ficando repleta de modismos, conduzida por valorações imediatistas da mídia.  Somos conduzidos, como uma boiada qualquer.
                                                                             pedroinovaes@uol.com.br
           
            

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

CONVITE REUNIÃO SOBRAMES-CE 09/02/2015

Arte - Isaac Furtado


                                              Prezado(a) Sobramista



Na próxima Reunião Ordinária da Sobrames-CE, dia 9 de fevereiro, às 19h30, no Espaço Cultural Dra. Nilza dos Reis Saraiva, na Av. Rui Barbosa 1880 - Aldeota, ao lado da Policlínica Veterinária, esquina com Bárbara de Alencar, teremos a palestra do colega Isaac Furtado, sobre ‘ A História da Beleza’.

Contamos com a presença dos(as) sobramistas, seus familiares e amigos.


Atenciosamente



Celina Côrte Pinheiro

Presidente da Sobrames-CE

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

POR: ANTERO COELHO NETO - A IMPORTÂNCIA DA RELIGIOSIDADE

 
Dr. Antero Coelho Neto - Médico e Membro da Sobrames-CE

                      A IMPORTÂNCIA DA RELIGIOSIDADE

Publicado no Jornal "O POVO" -  25/01/2015

Desde há muitos anos, as ciências têm demonstrado o valor da religiosidade, da espiritualidade, para a  nossa longevidade e qualidade de vida. Está provado que, durante diferentes momentos e razões da fé, meditação, orações, cantos e transes religiosos, o nosso corpo (através da hipófise) produz neuro-transmissores como a adrenalina, epinefrina e a serotonina,  que são importantes para o funcionamento de nosso organismo. A serotonina, por exemplo, é denominada a substância do prazer, da felicidade. Assim sendo, eles são essenciais à vida.

Sabemos também, que as mulheres vivem mais do que os homens, estatisticamente, por continuarem a produzir o “hormônio do crescimento”, após os 40 ou 50 anos, o que não acontece com os homens. Além disso, tem sido demonstrado, em várias pesquisas sobre os estilos de vida, que a profunda e expressiva religiosidade feminina, o prazer de conversar, a satisfação com a vida familiar, o saber dirigir e controlar o prazer sexual, etc., aumentam ainda mais,  sua capacidade de viver. (8,2 anos no Brasil).
Por isso esse meu destaque, neste momento em que vivemos o drama do grave atentado à paz da população francesa e mundial, por razões ditas religiosas e outras, agressivas, em nome da liberdade de expressão.

E aí lembro do meu próprio passado quando, ao saber do valor da religiosidade, passei a estuda-la, nas suas diferentes características, para a nossa qualidade de vida. Estava na OMS, participando de vários projetos de saúde e qualidade de vida da população e contatei, com cientistas que estudavam as religiões e seus efeitos nos indivíduos e grupos sociais. Passei a pesquisar e estudar também, o Deismo e o Uniteismo e seus valores para os deístas, uniteístas e agnósticos. Suas consequências e vantagens orgânicas e psíquicas. Então senti ainda mais, o valor da religiosidade para a nossa vida. Religiosidade com tranquilidade, sabedoria, humanismo, amor e valorização do nosso corpo e espírito.  Valor para uma vida, com qualidade e longevidade.

O momento atual é de grande pesar e preocupação, quando vemos terroristas, em grupos pequenos, independentes e violentos, matarem, indiscriminadamente e cruelmente, em nome de um deus. Para onde estamos indo? A impressão dada é que não progredimos, não evoluímos, e estamos revivendo antigos passados de barbárie.

Nenhuma religião prega a violência, o terrorismo e, menos ainda, o radicalismo irracional, esquizofrênico e criminoso.
Falsas seitas, ramos ditos religiosos e violentos, desvirtuam e modificam os preceitos básicos de seus iniciadores e criadores, demonstrando uma enorme falta de “consciência”.

Deus nos deu uma córtex cerebral desenvolvida, para nos diferenciar dos animais irracionais.

Antero Coelho Neto
Médico e Professor

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

CONVITE REUNIÃO ORDINÁRIA DA SOBRAMES-CE 09/02/2015


                                 Prezado(a) Sobramista,



   Na próxima Reunião Ordinária da Sobrames-CE, dia 9 de fevereiro, às 19h30, no Espaço Cultural Dra. Nilza dos Reis Saraiva, na Av. Rui Barbosa 1880 - Aldeota, ao lado da Policlínica Veterinária, esquina com Bárbara de Alencar, teremos a palestra do colega Isaac Furtado, sobre
 ‘A História da Beleza’.

   Contamos com a presença dos(as) sobramistas, seus familiares e amigos.

   Atenciosamente,



Celina Côrte Pinheiro

Presidente da Sobrames-CE

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

POR: FLÁVIO LEITÃO - A PRECORDIALGIA


Dr. Flávio Leitão - Médico e Membro da Sobrames-CE


DO DR. SOFONIAS
“Ainda que a traição agrade, ao traidor tem-se aversão.”
Cervantes.


Não havia quem não conhecesse o Dr. Sofonias naquele velho hospital de tantas homéricas lutas contra o sofrimento dos menos validos.
À esquisitice do nome, ideia de seu pai, um velho protestante ortodoxo que aproveitara o nascimento do filho para reverenciar o profeta menor, aliava uma esfuziante alegria, patenteada por baloiçante sorriso franco, sempre aflorando no canto esquerdo do lábio, infenso que era ao sofrimento que o rodeava.
Apesar do porte agigantado, da acentuada distância que se interpunha entre suas duas omoplatas, tinha o hercúleo torso curvado pelo meio século que já vivera, na azáfama do dia-a-dia e na paciente ausculta das queixas de seus sofridos pacientes. Essa postura deixava-o como se pretendesse fazer respeitosa vênia, ou como se quisesse  esconder-se, como um comum, no meio da multidão de resignados pacientes. Tinha assim aspecto de homem bom, indene às agruras naturais desta passageira vida.
Se os simples mortais adoravam o Dr. Sofonias quanto mais Margarida, rechonchuda quarentona que há muito assediava o bom doutor, que, por sobre não descobrir naquelas formas arredondadas motivo maior para despertar sua concupiscência, pesava-lhe nos ombros um temer exagerado à mulher, a quem parecia amar muito e sabia-se ser bastante ciosa quando se tratava de defender tão rico patrimônio. Más nem os santos resistiram ao espicaçar da luxúria, ao tridente dos ardilosos meneios de corpo de uma mulher, num momento maior de seus lascivos desejos.
E num fim de tarde ensolarada, quando somente o cimo das dunas ainda recebia alguns flavos e tímidos raios solares, terminada a árdua labuta de um agitado plantão, acedeu o Dr. Sofonias ao insistente convite da lúbrica Margarida. Ligou o motor do seu acanhado fusquinha e, sem dizer palavra, deu uma palmada carinhosa no roliço joelho de Margarida, partindo para a aventura primeira e mal planejada.
À medida que se aproximavam do motel, conhecido na irreverência dos colegas como “out line hospital” (hospital de apoio), quando mornos ventos soprados do Atlântico adentravam-lhe as narinas, criando um agradável torpor, o pensamento voava célere, antevendo momentos de agradável concupiscente danação carnal. E o fardo inconveniente de seus rígidos códigos de moral, adquiridos, quando ainda menino, junto a piedosos jesuítas, tornou-se distante e nebuloso. Concomitantemente, um insidioso temor opunha-se à almejada felicidade. Lembrou-se de velho amigo, somente dois anos mais velho, que encontrara, no pecaminoso leito da amante, morte instantânea, dizia-se que por ruptura de vaso mal formado no cérebro.
A companheira do Dr. Sofonias percebeu a angústia do inexperiente médico na arte dos folguedos extraconjugais. Tentou acalmar-lhe, habilidosa e experiente, acariciando-o ardilosamente, na tentativa de fustigar-lhe a chama carnal, enquanto Sofonias dirigia seu velho carro. Ele, contudo, persistia em situação incômoda e chegou a, profanamente, comparar seu caminho ao de Cristo, na Gólgota. E se autopunia pela comparação. Meu Deus, por que se lembrar àquela hora do sofrimento do Cristo? O Gólgota do Cristo foi para redimir a humanidade, altruísmo por excelência, enquanto que o seu, se é que se pode chamar de Gólgota, era apenas para coroar o forte instinto da sua masculina sexualidade, pura lasciva. Se não chegava a ser um blasfemo, era pelo menos um bizantino, em inoportuno instante estar, a suscitar discussões filosóficas que seguramente não iriam contribuir para seu momento maior.
Felizmente as distâncias na cidade não eram grandes e logo se viu Sofonias adentrando, tímido, o hall do acanhado hotel. Envergonhado, mas querendo simular inexistente autoconfiança de experimentado galã, pediu ao porteiro o melhor quarto.
Mesmo após iniciado o jogo frenético das carícias mútuas, dezenas de constrangedores pensamentos roubavam-lhe a tranquilidade necessária para desempenhar-se à altura do que lhe solicitava a trêfega companheira. Soubera, em conversa de corredores (entre a solução de um difícil diagnóstico e o descanso do cafezinho), que a polícia costumava frequentar hotéis daquele tipo, à procura de drogas e prostituição infantil. Meu Deus, não se enquadrava em nenhum dos ilícitos penais. Tranquilizava-se passando, aliviado, a fronha do travesseiro no suarento rosto, como se tentasse apagar do espírito tão desconfortantes pensamentos. Assaltavam-lhe outros maus presságios. Outras espadas de Dômacles logo pendiam do teto mal iluminado do quarto úmido, prestes a despencarem todas por sobre seu desnudo e cabeludo corpo, rasgando-lhe as vísceras, exposto ao escárnio dos amigos. Via-se no banco dos réus da aristocrática família, todos de dedo em riste, a acusá-lo, a escandalizarem-se pelo ignominioso deslize, a recriminá-lo:
-      Então, Sofonias, nos enganamos por todos esses anos?
-    Ora, Sofonias, logo se via que aquela santidade toda não caberia dentro de você!
Magoou-se, em pensamento, profundamente, com o comentário seco e sibilino da sogra – Este cabra nunca me enganou!
E os filhos! Meu Deus! Os filhos eram sua maior paixão. Nada no mundo deixaria ele acontecer que viesse magoar a qualquer da numerosa prole. Eram seus tesouros, sua vida, seu tudo, juntamente com a meiga e casta esposa.
E, lembrando-se do amigo que falecera em renhida refrega amorosa, tentava tranquilizar-se, sabendo que era hígido. Jamais perdera seu precioso tempo em consultório de colegas, com queixas hipocondríacas. Restringia-se, quando muito, a fazer alguns exames que a repartição obrigava-o a submeter-se, por mera rotina. Também nunca tivera a curiosidade de conhecer o resultado dos tais exames. Tinha, assim, uma saúde perfeita. Mas que diabos! Aquele último movimento que fizera para aconchegar melhor a companheira, despertou-lhe uma dor forte no peito. Instintivamente, Sofonias passou a fazer compressão, como se quisesse esmagar a dor, arrancá-la e atirá-la com toda a força de seus braços no meio dos oceanos. Vã esperança. Tudo debalde. A dor se agigantava e adquiria, agora, fórum de coisa grave. Um mal estar gástrico esfriava-lhe as vísceras, esvanecia seu prazer. Um suor frio porejava por toda a extensão do seu corpo. Desaparecera toda a manifestação de sua agigantada virilidade, minguara seu desejo. Convenceu-se do curso de infarto iminente e já se dispunha a pedir socorro quando Margarida, acostumada a lidar com pacientes, tranquilizou-o:
-    Mas, Sofonias, você está sentindo dor no peito direito! E o coração não é à esquerda?
Um sorriso de alívio desabrochou na face simpática do Dr. Sofonias. Só agora percebia ele que seus fantasmas tinham-lhe pregado uma peça estúpida. Sofrera tanto que esgotara suas energias.
E apenas ficou com a satisfação que estava bem. Noutro dia, quem sabe, talvez pudesse desempenhar-se melhor...




Sociedade Brasileira de Médicos Escritores
Amostra Grátis – Fortaleza:SOBRAMES Regional do Ceará
Expressão Gráfica e Editora, 1994